Sexta-feira passada (01.03.2013), no meio da confusão e do caos que estava o Rio de Janeiro, por causa da greve surpresa dos motoristas de ônibus, lá estava ele (oásis no meio do deserto): o Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Quanto mais eu chegava perto dele mais meu coração se acalmava. Amo esse lugar... a sua arquitetura, as pinturas nas paredes, a calma dos funcionários, a tranquilidade das pessoas que o frenquentam, tudo nele me conforta. Se eu pudesse morava no Municipal!
Fui assitir ao Gala Royal Opera House, que abriu a temporada 2013 do teatro, mas só teve 3 apresentações (absurdo!). O que mais me interessava mesmo nesse espetáculo era ver dançarem o Tiago Soares e a Roberta Marquez, brasileiros, que temos que prestigiar, pois, em uma profissão tão difícil no Brasil, eles conseguiram ser reconhecidos internacionalmente e se tornaram primeiros bailarinos do Royal Ballet.
No
pas de deux do Tiago com a Marianela meus olhos se encheram de lágrimas, quanta técnica, leveza e cumplicidade um com o outro.
Confesso que estava tão ansiosa para ver os brasileiros, que esqueci dos outros bailarinos, mas quando Sara Lamb entrou nada mais no palco aparecia. Ela é uma pluma no ar, tem rapidez de pensamento e os movimentos já são parte do seu corpo, tão naturais como respirar e andar!
Não teve o
pas de deux de Romeu e Julieta com a Roberta Marquez e o Steven McRae, pois ele estava doente (fiquei bem chateada por não assistir), mas eles dançaram o
pas de deux final, que era o da Bela Adormecida. Valeu a pena! E o Steven McRae, mesmo doente, dançou de arrepiar, os saltos foram espetaculares, ele é muito bom (a essa altura eu já estava prestando atenção nos bailarinos estrangeiros... hahaha...). A Roberta Marquez dançou lindamente, com muita técnica, graciosidade e com uma interpretação que só brasileiros tem. Amei! Foi um grande final.
Nesse dia meu coração dormiu feliz! Obrigada meu Deus por permitir que meus olhos vissem o que vi, por permitir que meus ouvidos ouvissem o que ouvi e por me permitir sentir os arrepios que senti.
Segue algumas fotos que tirei do Municipal, mas lembrem-se de que não sou nada boa em fotografias...
Este é o foyer (um salão para ficar no intervalo dos espetáculos), fica no segundo andar do teatro, que é onde fica o balcão nobre (lugar que eu prefiro para assistir as apresentações. Já meu namorado prefere a platéia. Gosto é gosto, né?!)
Este é o corredor que vai para o foyer
Este é o teto de uma das rotundas do teatro (salinhas que ficam na lateral do foyer)
Esta é a claraboia que fica em cima das escadarias, mas como já estava de noite não entra mais a claridade...
Este é o terceiro andar, onde fica o balcão superior. Fica aqui registrada minha indignação por ter tentado comprar os ingressos para a platéia, ou para o balcão nobre, mas estavam esgotados. Porém, quando o espetáculo começou havia muitos lugares vazios na pláteia e no balcão nobre. No intervalo perguntei a um dos funcionários porque não havia conseguido comprar os ingressos para esses lugares se havia lugares. E para a minha perplexidade, ele me disse que eram lugares reservados para os patrocinadores, que dão os ingressos e que as pessoas não comparecem a apresentação. Um absurdo! Deixam de vender ingressos para as pessoas que realmente querem assistir ao espetáculo para darem a pesssoas que nem dão valor!
Escadaria do segundo andar, que dá acesso ao térreo
Aqui já é dentro da sala de espetáculos. Este é o teto que fica em cima da platéia.
Nesta foto dá para ver a divisão do Municipal. Lá em baixo é a platéia, no segundo andar é o balcão nobre, no terceiro andar é o blacão superior e depois acima do balcão superior é a galeria.
Aqui é o palco!
OBS: Infelizmente estava chovendo e não consegui tirar uma foto da fachada. É uma pena! Fico devendo.
